O ex-ministro Luis Carlos Reyes provoca o Congresso com uma receita de geleia: "A única que deveria existir".

Após sua saída do governo, o ex-ministro do Comércio, Indústria e Turismo e ex-diretor do Dian (Instituto Nacional de Estatística), Luis Carlos Reyes, reativou sua presença nas redes sociais, onde questionou algumas decisões e ações do governo do presidente Gustavo Petro e do Congresso.
Nesta terça-feira, 20 de maio, Reyes postou um novo vídeo em sua conta no TikTok no qual critica o Congresso pela chamada "marmelada", uma prática que envolve a distribuição de verbas e cargos públicos a parlamentares para promover determinadas causas políticas.
O ex-ministro iniciou sua crítica ao assunto por meio de "uma receita de geleia de amora", que ele descreveu como "o único tipo de geleia que deveria existir na Colômbia".

Luis Carlos Reyes, ex-ministro do Comércio e ex-diretor da Dian, testemunhou perante a Suprema Corte. Foto: Juan Diego Torres
Em seu vídeo no TikTok, narrado por uma mulher que supostamente seria sua esposa, o ex-ministro começa listando o que é necessário para preparar a geleia de amora e ressalta que, "ao contrário da geleia que é feita no Congresso", a receita que ele irá preparar terá os ingredientes claramente definidos.
"Ao contrário da geleia preparada nas comissões econômicas do Congresso da República e do Ministério da Fazenda, aqui começamos deixando os ingredientes bem claros", diz ele.
Reyes menciona que, para o que vai preparar, ele precisa de uma tigela pequena de amoras, uma xícara de amoras, um terço de uma xícara de açúcar, junto com o suco de meio limão e algumas batatas fritas. Ele então traça um paralelo entre o Senado e a Câmara.

Ex-ministro Luis Carlos Reyes apresentando os ingredientes. Foto: TikTok: luiscarlosrh
"Infelizmente, a receita da geleia do Congresso é notoriamente confusa", diz o ex-funcionário em seu vídeo.
No vídeo, em que o também conhecido como 'Sr. 'Impostos' aparece de pijama, mencionando que no Congresso você nunca sabe desde o início que tipo de geleia está sendo preparada ou quem irá comê-la.
Infelizmente, a receita da geleia do Congresso é caracterizada por ser muito confusa.
"As categorias operacional e de investimento, com projetos de investimento que não deixam claro o que está sendo preparado ou para qual região do país o dinheiro será destinado, obscurecem mais do que esclarecem. É por isso que não sabemos desde o início se é geleia de amora, geleia de morango ou geleia de arroz com manga, nem em que região do país será consumida, nem por quem será consumida", disse ele.
Para preparar sua receita, Reyes ressalta que todos os ingredientes devem ser "colocados na panela do orçamento" e cozidos em fogo baixo, não em um "pupitreado" (uma espécie de "pupitreado"), dando mais uma crítica ao legislativo colombiano.
Ele acrescenta que "para fazer geleia caseira, é fundamental ter uma cozinha bem iluminada e ventilada, mas com o orçamento nacional, as coisas são diferentes".

O evento será chamado de Laboratório de Leis. Foto: Arquivo privado
Nesse sentido, a narradora do vídeo destaca que os debates mais importantes da legislatura acontecem a portas fechadas, entre alguns parlamentares e autoridades, além de alguns departamentos do Ministério da Fazenda.
Lá, segundo ele, “perde-se a rastreabilidade dos ingredientes e desaparecem colheradas de geleia”, referindo-se aos projetos em tramitação e ao dinheiro perdido em supostos pagamentos a parlamentares.
O dinheiro roubado é registrado em uma planilha do Excel, que mostra quanto dinheiro cada congressista tem direito e qual prefeito ou governadoria é amigo do congressista.
"O dinheiro roubado é registrado em uma planilha do Excel, que mostra quanto dinheiro cada deputado tem direito, qual gabinete de prefeito ou governador é amigável ao deputado e a qual empreiteira recorrer quando o dinheiro esfria e nós, cidadãos, perdemos o controle dele", acrescentou.
Reyes conclui o vídeo afirmando que "a única maneira de garantir que o orçamento geral do país não vire uma bagunça é por meio de um orçamento programático regionalizado e transparente" e, acima de tudo, que seja debatido de forma transparente no Congresso.
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